Mas, não foi só isso. A grande estrela do evento foi mesmo o Designer Larry Wood. Assim como o piloto, Larry esteve presente no espaço por duas vezes em cada dia do evento, tirando fotos ao lado de colecionadores, autografando objetos (livros, camisetas e até caixas enormes de carrinhos) levados por cada um entrava na fila, mas principalmente uma das 7.000 unidades do A-OK (foto abaixo) que a Hot Wheels fez exclusivamente para distribuir aos expositores, e que também poderiam ser compradas no local.
No domingo (18/07), segundo e último dia da Convenção, Larry Wood fez uma apresentação para colecionadores e jornalistas numa sala de cinema do Shopping, com direito à tradução simultânea e perguntas enviadas pela platéia. Na ocasião, o Designer discursou por cerca de 40 minutos, enquanto mostrava por meio de slides um pouco de sua rotina na empresa, como tudo começou e as principais etapas para a fabricação de miniaturas e sua própria garagem. Entre um slide e outro, todos os presentes se empolgaram ao saber peculiaridades do também conhecido “Mr. Hot Wheels”, entre elas:
- Purple Passion, seu modelo favorito, foi o responsável por mudar o posicionamento da HW em relação ao seu público final; O que antes era pensado apenas para crianças, agora também teria os adultos como alvos.
- Desde 1968, mais de quatro bilhões de carrinhos já foram produzidos;
- O Designer se interessou por alguns carros que viu rodando aqui no Brasil, só não disse quais;
Veja um trecho da apresentação de Larry:
Como já anunciado no final de março pelo site Hot Wheels Collectors, Larry Wood está se aposentando nesse ano, mas não demonstrou qualquer preocupação com isso. Chegou a dizer que “a Hot Wheels não precisa dele” para existir, e que o time de Designers que atua ao seu lado é bom o suficiente para continuar produzindo grandes miniaturas. Mas, antes de pendurar as chuteiras, Larry deu a entender que trará grandes surpresas a nós, colecionadores.
Em síntese, a boa organização do evento e a empolgação de todos os que visitaram a Convenção no sábado e domingo, fizeram desta uma das melhores oportunidades de contato entre a fabricante de miniaturas e seus fiéis clientes. Certamente, tudo também só foi possível devido à crescente participação do mercado brasileiro na venda de Hot Wheels, já que hoje o país só perde para os Estados Unidos em quantidade de carrinhos vendidos. Resta agora torcer para que a terceira edição do evento ocorra no ano que vem, novas coleções realmente venham pra cá e os preços, claro, sejam competitivos.
Enquanto isso, nos Bastidores...
- Problema quase comum em todos os encontros de colecionadores realizados nos shoppings, a venda de miniaturas entre expositores e aos visitantes da Convenção deu muita dor de cabeça aos organizadores do evento. À princípio, a Administração do Shopping Eldorado pretendia vetar até a comercialização da miniatura exclusiva do evento (que custava R$ 30), alegando que isso tiraria clientes das lojas de brinquedos.
No entanto, tudo ficou do mesmo jeito: Alguns expositores vendiam suas miniaturas sem qualquer disfarce, outros até falavam os preços em voz baixa e houve puxões de orelha do Staff naqueles que insistiam em fazer da Convenção uma verdadeira feirinha.
- Por falar em feira, a Volkswagen realizou um Feirão no estacionamento desse mesmo Shopping e contribuiu indiretamente para incrementar as visitas ao espaço da Hot Wheels. Enquanto pais choravam por bons preços na tenda da Volks, seus filhos faziam a festa lá dentro.
- Enquanto muitos se preparavam para expor seus carrinhos e o espaço da HW ainda estava fechado ao público, um grande estrondo assustou quem passava por lá no domingo. Tudo porque uma escada rolante travou e deu a todos a percepção de que o incidente pudesse ser mais grave. Não custa lembrar que o Eldorado ficou famoso anos atrás, quando um pedaço do teto caiu sobre clientes anos atrás, ferindo-os gravemente.
- O A-OK feito pela Mattel apenas para a Convenção brasileira, não parece ter sido tão exclusivo assim. Segundo o blog T-Hunted!, do colaborador Douglas Fernandes, a mesma mini foi fruto de muita discussão nos EUA, já que parece ter sido vendida com outra cor aos sócios do Red Line Club, e na época foi anunciado que ela teria chassi cromado e interior preto, mas na prática surgiu com menos detalhes e (!) solto dentro da embalagem.